domingo, 18 de outubro de 2009

Visão de Lince - Cruzeiro 1x0 Botafogo



CRUZEIRO ESPORTE CLUBE 1X0 Botafogo de Futebol e Regatas

Cruzeiro: Fábio; Gil, Caçapa e Thiago Heleno; Jonathan, Henrique (Fabinho), Leandro Lima (Fernandinho), Marquinhos Paraná e Diego Renan; Thiago Ribeiro e Guerrón (Soares).
Técnico: Adílson Batista

Botafogo: Jefferson; Alessandro, Emerson, Teco e Diego (Rodrigo Dantas); Leandro Guerreiro, Fahel (Batista) e Lucio Flavio Jóbson, Victor Simões (Reinaldo) e André Lima.
Técnico: Estevam Soares.

Gols: Thiago Ribeiro, aos 17 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Marquinhos Paraná, Guerrón, Fernandinho e Fabinho (Cruzeiro); Jóbson e Batista (Botafogo)

Público: 28.504 pagantes (30.126 presentes). Renda: R$ 415.258,81.
Estádio: Mineirão em Belo Horizonte (MG). Data: 18/10/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (Fifa-RS).
Auxiliares: Marcelo Bertanha Barison (RS) e José Javel Silveira (RS).
Motivo: 30ª Rodada do Campeonato Brasileiro Série A.

Um time jogando para não perder e o outro jogando para não ganhar.
Ao contrário do que se prometia antes da partida, Cruzeiro e Botafogo não fizeram um jogo muito interessante.
Fomos surpreendidos em cima da hora, quando foi informado que Fabrício se juntaria à Gilberto, Wellington Paulista e Leonardo Silva nos desfalques. O volante Celeste foi sacado por precaução para que não agravasse uma contusão.
Devido às muitas contusões e suspensões, o técnico Adílson Batista foi obrigado a modificar seu tradicional 4-4-2 (ou 4-3-1-2), para um 3-5-2, com Thiago Heleno entrando na zaga Celeste. Gil, Thiago Heleno e Caçapa estiveram muito firmes, ontem o veterano esbanjou categoria, tomando a bola dos atacantes e entregando nos pés dos volantes Celestes, com facilidade e somada a alguns dribles. Thiago Heleno começou um pouco desatento, chegou a cortar algumas bolas de canela, mas pode ser o fato da famosa "falta de ritmo".
O Cruzeiro começou em cima do Botafogo, principalmente com as escapadas de Jonathan pela direita e de Diego Renan pela esquerda. O jovem lateral esquerdo mandou um foguete à meta do ex-cruzeirense Jefferson, que a defendeu em dois tempos.
O Botafogo optou por esperar o Cruzeiro, e esteve sufocado pela pressão Celeste. Aos 21, Thiago Ribeiro avançou livre e veloz pela ponta direita, invadiu a área, e quando tentou driblar o goleiro, perdeu a bola para Jefferson, que saiu com muita coragem de sua balisa para fazer a defesa.
Com uma boa jogada de Guerrón pela direita aos 28, surgiu o chute do equatoriano, um balaço que tinha endereço, mas o goleiro alvi-negro espalmou de forma sensacional, concedendo corner.
Com 37, o Cruzeiro teve mais uma chance, novamente com Thiago Ribeiro, que invadiu a área, e de novo, Jefferson agarrou a bola, antes que fosse driblado.
Os cariocas só chegaram através de um chute de Victor Simões que o goleiro Fábio pegou fácil.
Na etapa complementar, o jogo que foi bem movimentado na primeira etapa, caiu o nível. O Cruzeiro parecia um pouco perdido em campo, e o Botafogo se fechava bem quando os mineiros chegavam. Adílson tirou Guerrón, que não estava bem e colocou Soares, e trocou Leandro Lima, que teve atuação razoável por Fernandinho, que voltava de longa contusão.
As substituições surtiram efeito, Fernandinho, jogando como armador fez boa partida, apesar de ainda não estar 100%. A torcida protestou mais uma vez, insatisfeita com as substituições de Adílson, que foram acertadas.
Num contragolpe do Cruzeiro aos 17 minutos, Jonathan soltou para Thiago Ribeiro pelo centro do ataque, na saída de Jefferson, Thiago teve apenas o trabalho de mandar para as redes de General Severiano.
A torcida explodia no Mineirão, fazendo o seu carnaval e alimentada pelo sonho de voltar à Copa Libertadores. Adílson também esbravejou, comemorou muito o gol gritando "toma, toma..." evidentemente devido aos protestos contra ele, mas como saiu o gol a torcida pediu perdão ao treinador, aos gritos de "Adílson! Adílson! Adílson!". Adilson ainda disse na entrevista coletiva após o jogo que aquele não era o espírito de Maradona, que vem comemorando muito os gols de sua seleção.
O Botafogo optou por uma tática que sempre irrita aos torcedores, se defende o jogo todo e só sai para o ataque depois que leva o gol. Foi isso o que o ocorreu, o técnico Estevam Soares, mandou o time à frente na Pampulha, em busca de pelo menos o empate. Já o Cruzeiro optou pela mesma tática do jogo contra o Galo, esperava o Botafogo, defendendo-se em sua intermediária e esperando a oportunidade pra o contragolpe.
Pouco após o gol Celeste, André Lima atirou para o gol de Fábio, o arqueiro Azul fez boa defesa. O jogo caiu ainda mais de produção, o Cruzeiro bloqueava bem as investidas do Botafogo, mas era ineficiente nos contra-ataques.
Aos 36 minutos, Soares ficou desacordado após um choque com o volante botafoguense Batista, e teve que ser retirado do Mineirão numa ambulância. O jogador foi encaminhado ao hospital Life Center em Belo Horizonte, e não teve foi constatada uma lesão mais grave. No entanto, sofreu uma fratura na mão direita, e ficará parado por um mês e meio.
Com a saída de Soares, e uma vez que as três substituições haviam sido feitas, o Cruzeiro ficou com 10 em campo. Assim, os cariocas foram pra cima, com as boas escapadas de Jóbson e Lúcio Flávio, contando sempre com o apoio do lateral Alessandro no ataque, mas pararam na defesa Cruzeirense.
Jóbson chutou fraco e Fábio espalmou para escanteio aos 41. O Botafogo ainda teve uma excelente oportunidade, aos 51 minutos, o último cartucho queimado pelos alvi-negros. Uma falta perigosíssima, cometida sem necessidade, que Lúcio Flávio bateu para muito perto do ângulo direito do goleiro do Cruzeiro e saiu pela última linha. Foi a derradeira oportunidade dos cariocas, e Leonardo Gaciba apitou pela última vez na noite de ontem.
O Cruzeiro não jogou bem, mas venceu, isso é o mais importante. Adílson ganhará reforços para montar o time que jogará contra o Corinthians na próxima rodada e pode muito bem sair com a vitória em São Paulo, colocando de vez o Cruzeiro na luta pelo G-4.

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